terça-feira, 9 de agosto de 2011

HOMILIA




31 de agosto – 18º domingo do tempo comum

1ª leitura: Is 55,1-3
2ª leitura: Rm 8,35.37-39
Evangelho: Mt 14,13-21

Acredito que hoje, diante dessa liturgia, precisamos fazer o caminho inverso ao de Paulo. Nesta 2º leitura, ele nos pergunta o que vai nos separar do amor de Cristo? Mas... Se perguntamos o que nos aproxima do amor de Cristo, nos seria... Talvez... Mais interessante?
Olhemos a nossa sociedade e nossa família. A realidade que nos cerca... Quantas coisas que afastam e impedem o amor de Deus? Impedem por que não deixam que as pessoas se aproximarem de Deus.

O evangelho de hoje é bastante clássico. Os quatros evangelistas relataram esse fato, milagre, sinal, gesto... Podemos elencar enes nomes para esse episódio.

Jesus foi para o deserto logo após a morte de João batista. Acredito que Ele se comoveu com o martírio de João e foi para o deserto, lugar de retiro, para ali manifestar o sentido da sua missão: a vida esta acima da morte! Vida que Ele oferece no pão da partilha, na compaixão... ao ver aquela multidão, teve pena, sentiu compaixão. Vemos um sentimento de Jesus que está ausente na sociedade. Sentir compaixão, é perceber e sensibilizar-se com a necessidade do outro.

Mesmo sabendo o que ia fazer, Jesus provoca seus discípulos... Daí vos mesmos de comer... Misericórdia!!! Como alimentar uma multidão faminta com cinco Paes e dois peixes?

É fácil: some cinco mais dois é igual a sete. Em sete dias Deus fez o mundo. Em sete sacramentos Deus é sinal perfeito. Quando aprendemos a somar, partilhar e reconhecer o sinal de Deus, não haverá mais fome no mundo. Gesto que Jesus ensina: a vida acima da morte. Multiplicando o pão material, Ele deseja que se multipliquem a pão da palavra, do perdão, do amor... Essa é a e a Eucaristia.

O lugar escolhido por Jesus foi o deserto. Também no deserto Deus saciou o povo com o maná. E ele vai repetir o gesto na santa ceia. Toma o pão, da graças, reparte e distribui... Ele é o pão, Ele é a partilha. Jesus é a Eucaristia.
Queridos irmãos, nesta semana o rezemos pedindo a graça de percebermos o que nos aproxima de Jesus. O que fez aquela multidão ir até Ele? Ele não chamou, mas eles  foram. Fome? Curiosidade? Admiração? Esperança? O que nos faz ir até Jesus e qual a nossa fome?
Nos reunimos para celebrar a Eucaristia? Porque? Geralmente temos muito a pedir, ... mas que nos reunamos porque Ele é Deus. Não o sigamos apenas porque Ele sacia a nossa fome, mas porque reconhecemos nEle nossa vida que está acima da morte. Rezemos!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O PROFESSOR E A MAÇÃ!




Até uns tempos atrás era comum um aluno levar para sala de aula uma maçã e presentear o professor com tal fruta. Talvez para fazer um agrado, quem sabe um gesto de carinho ou ainda a um agradecimento pela gratuidade; mas... Por que a maçã? Poderia ser uma laranja, uma pêra, uma banana. Mas era uma maçã.

Segundo os fonoaudiólogos, a maçã é terapêutica para a voz. É um excelente remédio para os profissionais da voz. Ao mastigar uma maçã, o maxilar entra em um movimento que faz as cordas vocais aquecerem e lubrificarem-se. Ela ajuda limpar as cordas vocais não pela fruta que é, mas pelo exercício que proporciona.
 
Será que o aluno ao presentear o professor tinha conhecimento disso? Se ele não sabia, exercia uma caridade sem saber. Se ele sabia, estava ajudando a melhorar a qualidade da educação. Agrado ao professor e maçã à parte, analisemos o fato do gesto e de exercício.

O gesto da gratuidade precisa ser recuperado entre nós para que contribuamos para a melhora do outro. Ser gratuito, presentear, oferecer... é  doar-se sem restrição olhando a necessidade do outro e o que eu posso oferecer.

O exercício que leva a ser melhor precisa ser praticado no dia a dia o exercício do sorriso, carinho, respeito, amizade... pelo exercitar, sempre seremos melhor do que estamos.
 
Pense nisto.

Ofereça e exercite!

Coma uma maça por dia, faz bem para a sua voz
 
Pe. Ramiro