quinta-feira, 22 de março de 2012

20 motivos pelo qual sou católico




1) - A Igreja Católica tem como seu fundador o próprio Jesus Cristo e ela comprova a sua autoridade com a sucessão Apostólica (Mt 16,18-19).
A Igreja Católica é governada segundo a forma Bíblica:
Bispos: (Atos 20,28) (Fl 1,1) (Tt 1,8)
Presbíteros = anciãos: (Atos 15, 2-6) (Atos 15, 21) ( Atos 15, 18) (1Pedro 5, 1)
Diáconos: ( Atos 6, 1- 6)
2) - A Igreja Católica segue a advertência bíblica contra as divisões, cismas e sectarismo:
(Mt 12,25;16,18; Jo 10,16;17,20-23) 
(Atos 4,32; Rom 13,13) 
(1Cor 1,10-13; 3,3-4; 10,17,11,18-19; 12,12-27; 14,33...)

3) - A Igreja Católica está fundamentada na autoridade da Bíblia (Hb 4, 12-13; 2Tm 3, 16-17); da Tradição, isto é, o conteúdo da doutrina cristã vindo desde o começo do cristianismo que garante a continuidade da única e mesma mensagem de Cristo (2Ts 2, 15) (1Cor 11, 2) e do Magistério, isto é, a palavra do Papa e dos Bispos unidos a ele (Mt 16, 19) (Lc 10,16).

4) - A Igreja católica recebeu a missão de ensinar a verdade e cuidar da Sã doutrina (Mt 28,19-20 e Atos 2,42), e assim evitar o erro das interpretações particulares que provocam discussões e divisões. Ela é "coluna e sustentáculo da verdade" (1 Tim 3,15).
5) - A Igreja Católica conservou a Bíblia com todos os livros do Antigo Testamento (46 livros), conforme o uso dos primeiros cristãos e confirmado pelos Concílios regionais de Hipona (393); Cartago III (397), Cartago IV (419) e Trulos (692).

E, quanto ao Novo Testamento, inspirada por Deus, estabeleceu os 27 livros. Foi ela também quem dividiu a Bíblia em Capítulos e versículos para facilitar a sua leitura.

6) - A Igreja Católica tem os sete sinais da graça de Deus, Os Sacramentos:
Batismo (Mt 28, 19)

Crisma (Atos 8,18)

Eucaristia (Mt 26, 26-29)

Reconciliação ou confissão (Jo 20,23)

Matrimônio (Mt 19, 3-9)

Unção dos enfermos (Tg 5, 13-15)

Ordem (instituído por Jesus durante a última ceia, quando disse aos seus apóstolos na última ceia: "Fazei isto em memória de mim" (Lc 22,19) 
7) - A Igreja católica acredita que o batismo é necessário para receber a salvação (Mc 16,16), o perdão dos pecados, o Espírito Santo (Atos 2,38) e tornar-se membro da Igreja (Atos 2,41).

8) - A Igreja católica continua a conceder o sacramento da Crisma do mesmo modo como no passado (Atos 8, 18), isto é, pelos bispos, sucessores dos apóstolos.

9) - A Igreja católica crê na presença real de Jesus na eucaristia (Jo 6,51.53-56). Ela vive fielmente as palavras da última ceia: "Isto é o meu corpo, que é dado por vós... Este Cálice é a Nova Aliança em meu sangue, que é derramado por vós" (Lc 22, 19.20).
E ela cumpre na Santa Missa, o que manda São Paulo “Todas as vezes que comeis deste pão e bebeis deste cálice anunciais a morte do Senhor, até que ele venha” (1 Cor 11,26).

10) - A Igreja católica mantém a prática de dar uma nova oportunidade de perdão dos pecados através do sacramento da penitência ou confissão, conforme a vontade do seu fundador (Jo 20, 21-23).
Na Igreja Católica, os Sacerdotes receberam o poder de perdoar os pecados em nome de Deus. (Tiago 5,13-16) (Mateus 3, 4-6) (Neemias 9, 1-2)

11) - A Igreja Católica professa ser o matrimônio indissolúvel, conforme o ensino de seu fundador (Mt 19,3-9).
E ao mesmo tempo tem misericórdia e acolhe com amor aqueles (as) que passaram pela dura experiência da separação.

12) - A Igreja católica continua o sacerdócio instituído por Jesus Cristo na última ceia (Lc 22,14-20), e continuado desde a Igreja primitiva (Atos 6,6; 14,22; 1 Tm 4,14; 2Tm 1,6) até os nossos dias.

13) - A Igreja continua a prática da unção dos enfermos para pedir a cura para espírito, alma e corpo, conforme ensino bíblico (Mc 6,13; 1Cor 12,9; Tg 5, 14-15) e a prática dos primeiros Cristãos passada de geração em geração até aos nossos dias.

14) - A Igreja Católica venera a Virgem Maria conforme uma profecia bíblica (Lc 1,48) e a vontade do próprio Jesus (Jo 19,25-27).
15) - A Igreja Católica professa quatro verdades fundamentais sobre Maria:
1º - Ela é a mãe de Deus (Lc 1,43)
2º - Permaneceu virgem antes, durante e depois de dar a luz ao Filho de Deus (Mt 1,16.18)
3º - Em vista do seu divino Filho foi concebida sem pecado (Imaculada Conceição) (Lc 1,28)
4º - Terminado o seu tempo na terra foi elevada ao céu em corpo e alma (Assunção) (Ap 12,1-14)

segunda-feira, 12 de março de 2012

A IGREJA DE DEUS. A IGREJA NO MATO GROSSO


A Igreja Católica é Católica Apostólica e Romana. Católica porque está presente no mundo todo, Apostólica porque vivenciamos o mandato que Jesus deixou aos 12 que Ele escolheu e Romana porque temos na pessoa do Papa, que reside em Roma, o primado administrativo da Igreja terrestre. Jesus escolheu Pedro para o primeiro Papa e os primeiros cristãos firmaram em Roma a sede da fé Católica.

Muitos anos se passaram e a Igreja que é divina, conduzida por pessoas humanas sob a ação do Espírito Santo, anunciou o Evangelho seguindo os passos indicados por Jesus Cristo. Ela acertou, errou, buscou, sofreu, foi e continua sendo perseguida. Bem como foram os primeiros cristãos. Mas o que nos alegra em tudo isso, e igualmente o coração de Deus, é que estamos a caminho e construindo o reino entre nós que nos fará chegar ao reino prometido: participarmos de Sua glória.

Para isso, a Igreja tem descoberto os melhores caminhos para o anúncio do reino. Nesses melhores caminhos também existem pedras, buracos, pontes caídas... nem por isso desistimos da caminhada. Enfrentamos a realidade, vencemos as dificuldades e continuamos a caminhar. Os melhores caminhos significam a linguagem correta, os meios adequados, a realidade meditada e vivência da Palavra de Deus no dia a dia.

Deus convida a Sua igreja, que somos todos nós, a não nos perdermos nesse caminho. Não podemos tomar outro rumo. Torna-se necessário iluminarmos a nossa realidade humana com a graça do Espírito do Ressuscitado. Jesus ensinou os Seus a ser uma igreja inserida na realidade. Convida-nos igualmente a colocarmos os pés no chão e vivermos Deus na nossa realidade.

Cometemos um grande pecado contra a cultura do povo de Deus se forçarmos a vivência em Deus fora da realidade onde estamos inseridos. Vou ser bastante claro: Não estamos em Roma, nem em Jerusalém e muito menos sentados ao lado de Jesus Cristo na glória do Pai. Estamos no Mato Grosso, onde vivem os índios, os assentados, os sem-terras, os oriundos de várias regiões do país e porque não dizer do mundo. Pecamos contra a missão quando queremos aqui, falar contra as culturas daqui e não viver aqui a realidade daqui. Vou ser claro e objetivo mais ainda: uma missão é uma liturgia,  bem como a contemplada em Roma, não serve para o Mato Grosso. Se Jesus estivesse aqui hoje, tenho a plena certeza que Ele não andaria de batina e falaria mal dos índios e sem terras, mas entraria em todas essas realidades com o amor de Deus, acolhendo e perdoando a todos.

Eu admiro a audácia de quem se diz cristão, anuncia a palavra de Deus nestas realidades e critica essas realidade, exaltando uma realidade que não serve para nosso povo. Quem fala mal das CEBs e teologia da libertação no Mato Grosso, não serve para anunciar o Evangelho no Mato Grosso. O povo de Deus que vive aqui, sofrido e machucado por tantas injustiças sociais e exclusões, não está precisando de pompas, mas de um olhar de ternura, de amor, de acolhimento e da Palavra que os liberte e os faça ser dignos de celebrar a graça de Deus.

Jesus fez parte de uma história humana. Um povo sofrido, destruído, desanimado, mas também orgulhoso. Como rei, humildemente desceu até a realidade de cada coração, deixou-se humilhar para valorizar cada um conforme as suas necessidades. Não se vestiu como rei (podia ter feito, mas preferiu não) e saiu gritando que o adorassem, mas serviu, se fez um com todos aceitando entregar a própria vida.

O correto seria imitarmos Suas atitudes. Isso se quisermos ser cristãos.

Erramos quando nos vangloriamos e acusamos o outro como errado e nos colocamos no pedestal como exemplo. Erramos também quando ao invés da correção fraterna, redigimos cartas para desabar. Erramos igualmente quando nos colocamos a dividir o povo de Deus e com isso todos passam a optar: eu gosto do A. Eu prefiro o B. Nascem os protestos e cartas como imposição e assinaturas para excluir ou não alguém do meio de nós. Igreja não é BBB, também não é palanque político e muito menos local para manifestar ideologias. Igreja é o amor de Deus em ação.

Na Igreja de Deus abaixo-assinado nunca teve valor. Espero que nunca tenha. E que o valor seja a vida do povo celebrada com dignidade no coração de Deus.

Como discípulos missionários, reflitamos: o que faço tem valor para Deus ou para mim? A maneira como me porto diante da sociedade, agrada a Deus ou ao povo? Saul agradou o povo, e ...   Jesus agradou a Deus, e ...          


Deus abençoe nosso povo. Índios, retirantes, sem-terras, latifundiários, famílias, crianças, jovens, adultos, enfermos, excluídos, trabalhadores, desempregados, funcionários, patrões, servidores públicos, letrados, analfabetos, mendigos, abandonados ... esse é o povo de Deus. Essa é a Igreja de Cristo
    


                                                                                              Pe. Ramiro J. Perotto


sexta-feira, 2 de março de 2012

O AMOR, AH O AMOR!


            O amor, ah o amor. Este sentimento é aquilo que move a humanidade, em princípio se fez do Pai para o homem, e como aprendemos "Deus é amor". Isto nos faz refletir e mostrar que o amor é algo que existe de homem para homem e da Divindade para o homem e vice e versa, ela existe tanto em família como para os irmãos em Cristo.

            O amor faz homem e mulher se unir, e faz algo que nos mostra que o futuro deve existir com mais alegria, pois ainda hoje presenciamos promessas de amor, que se demonstram na fidelidade, no carinho, na confiança, entre outros sentimentos. O amor é algo que fica, que permanece, não é aquele calor passageiro, pois isso se chama paixão. O amor é algo muito maior, é abdicar do orgulho, dos momentos de descanso, da sua própria existência, é algo que faz o ser humano entregar a sua vida pelo outro. Pelo fato de se entregar a alguém querendo o melhor deste ou desta.

O amor é algo intangível, não se consegue tocar com os dedos, mas é um sentimento que toca o coração. Seus frutos são as lágrimas, de alegria ou de dor, são os abraços e beijos carinhosos, são os desejos e pensamentos de algo melhor, é o sorriso que estampa o rosto do amante, daquele que declara seu amor infinito, como na cerimônia do casamento, quando o marido declara a mulher amor e fidelidade na alegria e na tristeza, na saúde e na doença por todos os dias de sua vida. É aquilo que "explode" ao coração de um pai ou de uma mãe a seu filho. 

O maior exemplo de amor humano que já vi é o amor de mãe, é o amor de Maria, mãe Santíssima que intercede por seus filhos a todo o momento.  O importante é saber que o amor próprio sempre fez e sempre se fará necessário, o amor a vida que Deus nos concedeu, isto é, fazer valer a pena cada momento e cada sentimento vivido.

            Mas o que me chama a atenção em nossa comunidade é saber que a sociedade se desenvolve quando o amor se faz firme e constante, de ver que toda semana casais se entregam intimamente e infinitamente um ao outro. Professam sua fé ao amor de Cristo e ao amor que os uni.
           
Mas o amor também traz responsabilidades e alguns sofrimentos, e é nesse sentido do sofrimento, de humildade e sacrifício que se comprova isto, quer um exemplo? Qual exemplo é maior do que dar sua vida pelo próximo, por aquele que ainda esta por vir? Sim, este é o amor de Cristo, e maior ainda é o amor de Deus, que entrega seu filho para o sacrifício e para a salvação do homem.

Mas quem vê a Cristo vê também ao Deus salvador. Salvação que se faz pelo amor, e o como dito antes, o amor move a sociedade desde os primórdios. E essa é uma forma de nos animar para o futuro, mesmo sabendo que a estatística nos mostra o contrário. Quem já não viu em alguma reportagem uma vida ser abandonada em saco de lixo pela própria mãe? E isso me faz perguntar, será que esta mulher é digna de gerar um fruto em seu ventre, processo este de geração que é esplendoroso e se faz também um mistério.

            "Ainda que eu falasse línguas, as dos homens e dos anjos, se eu não tivesse o amor, seria como sino ruidoso ou como címbalo estridente. Ainda que eu tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de toda a ciência; ainda que eu tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse o amor, eu não seria nada. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.

O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; 1 Coríntios 13:1-8
           
Enfim, sem o amor, nada existiria, nada evoluiria, a história não seria feita como foi e não seria escrita da maneira que foi. O amor é aquilo que leva ao perdão, a misericórdia, ao bem querer, ao sacrifício, a doação, a humildade, ao trabalho, ao planejamento e ao mesmo tempo a simplicidade de uma ação impensada que se fez pelo impulso daquilo que esta no coração e no interior de todos.

Quanto mais seu coração estiver aberto para o amor, mais sua vida será justa e plena. Sabe o que me move? Pois bem "Como o Pai me ama, assim também eu vos amo. Perseverai no meu amor." (Jo 15. 9-10) "Este é o meu mandamento: Amai-vos uns aos outros, como eu vos amo. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos... O que vos mando, é que vos ameis uns aos outros." (Jo 15, 12-17)

 Thiago Silvestro
Seminarista da teologia